CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O que está por trás da proposta que pode mudar a forma como o SUS lida com casos ligados a saúde mental e simbologia afetiva
Introdução
Uma nova polêmica tomou conta do debate político brasileiro: deputados federais querem proibir o atendimento a bebês reborn no SUS. A iniciativa tem como justificativa o mau uso de recursos públicos e a tentativa de impor limites àquilo que deve, ou não, ser considerado um tratamento legítimo de saúde. Por outro lado, especialistas em saúde mental e parte da sociedade civil veem a proposta como um ataque à dignidade de pessoas que sofrem de traumas profundos, como o luto materno e transtornos psicológicos graves.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Mas afinal, o que está por trás desse debate?
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
O que são os bebês reborn?
Bebês reborn são bonecos hiper-realistas, feitos artesanalmente, com aparência extremamente próxima de um recém-nascido. São criados com silicone, vinil especial, e detalhados com minuciosidade: desde veias visíveis até unhas realistas, cabelos implantados fio a fio e até simulação de peso real.
Esses bonecos são utilizados com finalidades diversas:
Venha fazer parte da nossa Comunidade!
Entre agora em nossos grupos VIP Gratuito!
ACESSAR GRUPOSVenha fazer parte da nossa Comunidade! Aqui, você encontra artigos especializados, dicas valiosas e atualizações regulares sobre os temas mais relevantes para o seu sucesso financeiro, estilo de vida e crescimento pessoal. Nosso objetivo é oferecer conteúdos de qualidade para ajudá-lo a maximizar seus ganhos financeiros, entender opções como business loans, investment banking services, e organizar suas finanças pessoais com apoio de um personal financial consultant.
Além disso, você terá acesso a conteúdos sobre sustainable fashion brands que são tendência no mundo da moda, aprenderá homemade pizza recipes e outras receitas fáceis para o dia a dia, encontrará inspiração espiritual com mensagens sobre fé e religião, além de dicas práticas para o lar como vegetable gardening e home maintenance.
Nossa central de grupos oferece oportunidades reais com foco em apps de produtividade, aplicativos financeiros e mobile apps que facilitam sua rotina e ajudam a gerar renda extra. Este é o espaço ideal para aprender a gerar renda, economizar, se organizar e crescer patrimonialmente, sem abrir mão de estilo, sabor e espiritualidade.
Fique conectado e aproveite o que preparamos especialmente para você. A educação financeira, o planejamento estratégico e o equilíbrio em todas as áreas da vida são os primeiros passos para o seu sucesso. O melhor: estamos juntos nessa jornada!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Colecionismo artístico: muitos os consideram peças de arte
Uso terapêutico: psicólogos e pacientes utilizam bebês reborn em terapias relacionadas a perdas gestacionais, depressão ou quadros de ansiedade
Companhia emocional: pessoas em situação de vulnerabilidade emocional encontram neles conforto e afeto simbólico
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
No entanto, o uso de recursos públicos para atender pessoas que tratam esses bonecos como filhos tem levantado críticas por parte de políticos e setores da sociedade.
O projeto de lei: o que propõem os deputados?
O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) é um dos autores da proposta de lei que pretende proibir o atendimento a pessoas que simulam cuidados com bebês reborn nas unidades do SUS (Sistema Único de Saúde). O parlamentar justifica que não faz sentido a utilização de médicos, enfermeiros, medicamentos ou estrutura pública para prestar assistência a algo que, tecnicamente, não é um ser vivo.
Pontos centrais da proposta:
- Proibição de consultas, exames, vacinas ou qualquer tipo de procedimento voltado a bonecos reborn
- Veto ao uso de benefícios como filas preferenciais em repartições públicas por quem estiver carregando bonecos reborn
- Penalidades para profissionais e unidades que realizarem tais atendimentos
A proposta ainda está em fase de tramitação, mas já dividiu opiniões entre parlamentares, profissionais de saúde e a sociedade civil.
O caso que motivou a proposta
Segundo reportagens, o caso que teria motivado a apresentação do projeto foi o de uma mulher que teria levado um bebê reborn para ser vacinado em uma unidade de saúde pública. A equipe, acreditando que se tratava de uma criança real, prestou o atendimento normalmente — o que, mais tarde, gerou indignação nas redes sociais após a verdade ser revelada.
Embora o caso ainda careça de confirmação oficial, ele serviu de estopim para o debate sobre limites entre acolhimento terapêutico e desperdício de recursos públicos.

Saúde mental e acolhimento: o que dizem os especialistas?
Muitos psicólogos e profissionais da saúde têm alertado sobre os perigos de generalizar casos e banir práticas que podem ser terapêuticas para pessoas em sofrimento emocional. Segundo esses especialistas:
- O uso de bonecos reborn pode fazer parte de processos terapêuticos validados, especialmente no luto por perda de filhos ou gestações interrompidas
- Há pacientes com quadros de esquizofrenia, ansiedade crônica e transtorno afetivo que encontram nos bonecos um instrumento de segurança emocional
- O acolhimento dessas pessoas no SUS é uma resposta ética e humanizada a problemas mentais graves
Proibir esse tipo de atendimento, segundo psicólogos, pode agravar quadros clínicos e até desencadear surtos em pessoas que vivem em um universo simbólico de proteção.
O outro lado: argumentos dos defensores da proibição
Os defensores da proibição alegam que:
- O SUS já sofre com falta de verba, superlotação e filas gigantescas, sendo injustificável o uso de recursos com objetos inanimados
- Atendimentos dessa natureza passam uma imagem distorcida sobre as reais finalidades do sistema de saúde
- Existe risco de banalização: pessoas podem simular maternidade com reborns para tentar obter vantagens legais, benefícios assistenciais ou prioridade de atendimento
Repercussão nas redes e na imprensa
A proposta dividiu opiniões nas redes sociais:
Muitos usuários apoiaram a medida, destacando o “absurdo” de profissionais da saúde vacinarem ou consultarem bonecos
Outros criticaram duramente a insensibilidade da proposta, acusando os deputados de falta de empatia com pessoas em sofrimento mental
Veículos como o Poder360, UOL, Terra e até portais internacionais destacaram o caso, que rapidamente viralizou com memes, indignações e debates acalorados.

Há precedentes em outros países?
Em alguns países, como os Estados Unidos e o Reino Unido, o uso de reborns em terapias é comum — principalmente em clínicas privadas. Porém, não há registros de sistemas públicos de saúde prestando atendimento direto aos bonecos.
O que existe é o acompanhamento psicológico do paciente humano que utiliza o reborn como ferramenta emocional. O foco é no paciente, não no objeto.
Qual é o limite entre acolhimento e desperdício?
Esse é o cerne da discussão. O atendimento no SUS precisa ser criterioso e voltado para pessoas reais, sim. No entanto, excluir pacientes com sofrimento mental porque usam simbolismos para lidar com traumas pode significar abandono institucional e violações de direitos humanos.
A discussão é legítima, mas exige equilíbrio, empatia e clareza sobre os objetivos do sistema de saúde.
Conclusão
O projeto que visa proibir o atendimento a bebês reborn no SUS coloca em pauta temas sensíveis como saúde mental, racionalidade no uso de recursos públicos e empatia com pessoas em sofrimento.
Enquanto deputados argumentam pela eficiência e integridade do sistema, especialistas pedem cautela para não criminalizar comportamentos que são expressões de dor psíquica. O debate ainda vai longe — e merece ser acompanhado com responsabilidade, empatia e compromisso com a verdade.
Fonte original da reportagem:
Deputados querem proibir atendimento de bebês reborn no SUS – Poder360
CR LIVRE
Ary Vasconcelos – Especialista em Conteúdo para o Blog CR LIVRE Ary Vasconcelos é um especialista na criação de conteúdos relevantes e informativos para o blog CR LIVRE, abordando temas de grande interesse para o público.